quarta-feira, 27 de julho de 2011

Vivendo sem fórmulas



"Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre... Não me mostre o q esperam de mim, porque vou seguir meu coração!... Não me façam ser o q não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!... Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão... Tenho sonhos possíveis e escolhi o caminho da gentileza, do beijo bom e do abraço forte...

É Proibido

É Proibido


Pablo Neruda

É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.

É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,

Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos

Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,

Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,

Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,

Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se
desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,

Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,

Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,

Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Aprendi Que...



Aprendi que ...  eternos podem acabar em uma noite. Que grandes amigos podem se tornar ferrenhos inimigos. Que o amor, sozinho, não tem a força que eu imaginei. Que ouvir os outros é o melhor remédio e o pior veneno. Que a gente nunca conhece uma pessoa de verdade, afinal gastamos uma vida inteira para conhecer a nós mesmos. Que confiança não é questão de luxo, e sim de sobrevivência. Que os poucos amigos que te apóiam na queda, são muito mais fortes do que os muitos que te empurram. Que o nunca mais nunca se cumpre, e que o pra sempre sempre acaba. Que minha família com suas 1000 diferenças, está sempre aqui quando eu preciso. Que ainda não inventaram nada melhor do que colo de mãe desde que o mundo é mundo. Que vou sempre me surpreender, seja com os outros ou comigo. Que vou cair e levantar milhões de vezes, e ainda não vou ter aprendido.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Como é por Dentro Outra Pessoa

Alguns têm na vida um grande sonho e faltam a esse sonho. Outros não têm na vida nenhum sonho, e faltam a esse também.



O poeta é um fingidor.Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

Como é por Dentro Outra Pessoa
"É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!

Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.

Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo."

(Fernando Pessoa)

Pessoas

Pessoas são um presente. Algumas vem em embrulho bonito, como presente de natal, páscoa ou festa de aniversário. Outras vem em embalagem comum. E há as que ficaram machucadas no correio.
De vez em quando chega uma REGISTRADA. São presente valiosos.
Algumas trazem invólucros fáceis. E outras, dificílimos. Quase impossível tirar a embalagem. É fita durex que não acaba mais…
Mas…a embalagem não é presente. E tantas pessoas se enganam confundindo a
embalagem com presentes!
Por que será que alguns presentes são tão complicados para a gente abrir?
Talvez porque dentro da bonita embalagem haja muito pouco valor e bastante vazio, bastante solidão. A decepção seria grande.
Também você, amigo. Também eu, somos um presente para os outros. Você para mim, eu para você.
E quando existe verdadeiro encontro com alguém, no diálogo, na abertura, na fraternidade, deixamos de ser mera embalagem e passamos à categoria de reais presentes.
Nos verdadeiros encontros de fraternidade acontece alguma coisa muita comovente e essencial: Mutuamente nós vamos desembrulhando, desempacotando, revelando, no bom sentido, é claro, o que há dentro de nós.
Autor desconhecido.

domingo, 24 de julho de 2011

O SEGREDO DOS SEUS OLHOS


Nessas idas e vindas na Livraria Cultura estava na fila para pagar dois livros que tinha comprado, quando comecei a conversa com uma Juíza que me apresentou o Livro “O Segredo dos seus Olhos”  comprei o Livro comecei a ler, na verdade uma leitura o tanto cansativa, comecei em Abril e terminei agora em Julho, mas o que realmente  me fez terminar esse livro foi a sede de Justiça. Logo depois que terminei o Livro procurei o longa argentino do diretor Juan José Campanella, é marcante do começo ao fim. Vale a reflexão durante e após cada diálogo, citação ou atuação representada nas duas horas de filme. Que  ganhou em 2010  o Oscar de melhor filme estrangeiro. E que foi fiel ao Livro.


A obra faz um balanço da Argentina às vésperas do início da ditadura militar, que manchou com sangue e dor a história deste país, provocando feridas que ainda não cicatrizaram. Em princípios da década de 70 o protagonista, Benjamín Chaparro, ocupa a posição de vice-secretário em um tribunal de instrução quando um assassinato brutal abala todos os funcionários de sua repartição.
Neste juizado de Buenos Aires ele vê chegar às suas mãos o caso de uma jovem esposa cruelmente morta após ser violentada; seu marido, completamente apaixonado, fica arrasado, e sua dor desperta a solidariedade de Benjamín. Determinado a encontrar e a castigar o criminoso, ele transcende os limites profissionais e se envolve pessoalmente com o caso.
Mas Benjamín não contava com as repercussões desta história na sua vida, principalmente na sua esfera emocional. Trinta anos depois, já aposentado, ele ainda guarda em sua memória as marcas das investigações realizadas no passado, e também o sentimento que tomou conta de seu coração naquela época, um laço que se confundiu com os próprios rumos da busca do culpado.
Benjamín é um homem obcecado pela verdade e pelos princípios da justiça; ele faz desta luta o próprio objetivo de sua vida. Passado tanto tempo, o protagonista é movido pelos fios da memória; é neste momento que ele percebe o quanto sua dedicação à sinceridade e à fidelidade transcende as fronteiras temporais e espaciais. O mesmo ardor que o mobilizava no passado é resgatado agora, quando ele decide criar um livro sobre o assunto.
Tudo que deseja é realizar um retrospecto e uma análise de sua existência, além de se libertar dos demônios do passado que ainda o assombram. Com esse objetivo ele retorna ao cenário das antigas investigações e esse resgate das lembranças o leva de volta aos pormenores do homicídio e aos momentos que antecederam a eclosão da ditadura militar na Argentina, contexto que contribuiu para as consequências de sua busca do criminoso.
Novamente Benjamín se encontra entre as águas revoltas do coração e a omissão diante de seu dever com relação à verdade. Em sua primeira publicação literária o autor revela as chagas infligidas pelo governo militar à nação argentina; ele retrata um povo submetido a terríveis pressões políticas. Neste contexto, um homem luta sozinho contra as injustiças e a intolerância dos governantes.
Leiam para descobrir o quanto esta História e intrigante e o quanto de impunidade dos assola. E o quanto precisamos de Justiça para Viver.

Segue o Trailer do Longa.




O Autor Eduardo Sacheri nasceu em 1967, na cidade de Buenos Aires, na Argentina. Ele se licenciou em História e até hoje dá aulas para o ensino médio e no sistema universitário.
Sua trajetória literária teve início nos anos noventa, no século passado. Em sua bibliografia constam quatro volumes de contos e dois romances, lançado igualmente na França, Alemanha e Portugal.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

George Orwell

Biografia

George Orwell

Eric Arthur Blair       

Nasceu em 21 de janeiro de 1903, em Bengala, Índia. Aos oito anos, retorna com seus pais (um funcionário britânico e uma francesa) à Inglaterra, onde passou a estudar num internato. Em 1917 entrou no Etton College, uma das mais tradicionais escolas inglesas, e teve como professor o escritor Aldous Huxley. Em 1922 retornou à Índia para trabalhar como policial imperial britânico durante cinco anos de formação na Birmânia. Por essa época adquiriu para toda a vida não apenas um ódio ao imperialismo, mas também uma profunda percepção da psicologia do opressor, que desenvolveu em dois clássicos ensaios:O abate de um elefante (1940) e Um enforcamento (1946). Voltou à Inglaterra em 1928, onde passou a viver precariamente, chegando até mesmo à mendicância. Vagueia por Londres e Paris até 1930. Seu primeiro livro – Na Pior em Paris e Londres (1933) – é um relato desse período. Em 1936, convencido dos ideais socialistas, foi para a Espanha e alistou-se na Brigada Internacional em apoio ao recém-eleito governo popular. Tal experiência resultou no segundo livroLutando na Espanha (1938), que narra sua participação na Guerra Civil Espanhola. Não obstante ter usado antes o pseudônimo George Orwell, foi a partir da Espanha que se transformou realmente em Orwell. Na condição de jornalista durante a II Guerra Mundial, trabalhou como correspondente de guerra para a BBC de Londres. Em 1945 publicou A revolução dos bichos, uma sátira swiftiana sobre a Rússia stalinista, reconhecida até hoje como sua obra mais popular. No ano seguinte o livro foi publicado nos EUA e foi um acontecimento literário que ajudou a abrir os olhos do Ocidente de língua inglesa sobre a verdadeira natureza do regime soviético. Outro livro conhecido em todas a línguas é seu romance 1984 (1949), uma antiutopia ou sátira pessimista sobre a ameaça de tirania política no futuro. Um livro que se transformou em outro texto determinante da Guerra Fria. Não por acaso o primeiro uso dessa expressão, anotada pelo Oxford English Dictionary, veio de um artigo de George Orwell. Foi o escritor político mais influente do século 20, pois lutou com todas as forças contra três dragões: o imperialismo europeu, em especial o britânico; o fascismo, fosse italiano, alemão ou espanhol; e o comunismo. Orwell não é autor de muitos romances. Além dos citados, escreveu Dias na Birmânia (1934), A filha do reverendo (1935), Mantenha o sistema(1936), e Um pouco de ar, por favor! (1939), Why I write (1946) etc. Escreveu muitos artigos, publicados em importantes revistas européias e diversos ensaios, alguns dos quais foram organizados por Daniel Piza no livro póstumo Dentro da baleia e outros ensaios (2005). Orwell faleceu, na Inglaterra, em 25 de novembro de 1950.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Historia do Dia do Amigo



Dia do amigo

Para todos os amigos, colegas e alunos que me perguntam  essa e a origem do Dia do Amigo.

O dia do amigo foi adotado em Buenos Aires, Argentina, com o Decreto nº 235/79,sendo que foi gradualmente adotado em outras partes do mundo.Foi criada pelo argentino Enrique Ernesto Febbraro.

Ele se inspirou na chegada do homem à lua, em 20 de julho de 1969, considerando a conquista não somente uma vitória científica, como também uma oportunidade de se fazer amigos em outras partes do universo.

Assim, durante um ano, o argentino divulgou o lema "meu amigo é meu mestre, meu discípulo e meu companheiro".

No Brasil, o dia 20 de Julho também foi adotado como sendo o dia do Amigo.

Aos poucos a data foi sendo adotada em outros países e hoje, em quase todo o mundo,o dia 20 de julho é o Dia do Amigo,é quando as pessoas trocam presentes, se abraçam e declaram sua amizade umas as outras, na teoria.

Dia da Amizade

Em outros países, tais como os Estados Unidos,comemora-se, no primeiro domingo de agosto,o Dia Internacional da Amizade
(International Friendship Day em inglês).

Dia do Amigo!



Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!

Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!

Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!

Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo  é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!

Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!"

[Machado de Assis]

terça-feira, 19 de julho de 2011

Indo... e Vindo...



Muitas vezes paro e me vejo a pensar como as pessoas fazem parte da nossa vida, como elas aparecem e desaparecem. De repente ressurgem...

Penso então que a nossa vida é um trem e que estamos em uma viagem.

O vagão começa a trilhar e nele apenas nossos pais sentados ao nosso lado. Não conhecemos ninguém e tudo é novo. Ao longo do trajeto eles mudam de acento para dar espaço para que outras pessoas se sentem ao nosso lado. Começamos a trilhar “sozinhos”.

A cada estação, uma parada. A cada parada, pessoas entram e pessoas saem...

Há pessoas que sentam ao nosso lado e ficam poucos minutos, outras permanecem em nossa companhia durante grande parte do percurso. Há ainda aquelas que apenas encontramos no mesmo vagão. Mera coincidência?

Acredito que todas aquelas que de alguma forma cruzaram nosso caminho e participaram conosco dessa viagem têm lá seu grau de importância. Importância bastante para deixar sua presença marcada...

Próxima estação!

Chega a hora de partir e cada um segue em seu caminho em busca da sua missão. Nossa companhia nada mais foi do que parte desse percurso chamado amadurecimento.

Assim é a na vida: as pessoas cruzam nossos caminhos. Algumas permanecem, outras apenas de passagem, mas todas têm seus objetivos já traçados.

Indo... e Vindo...

domingo, 17 de julho de 2011

Querido John



Terminei de ler Querido John  graças ao meus alunos adolescentes que de tanto insistirem Profº Leia você vai gostar e descobri uma coisa, Nicholas Sparks é um ótimo escritor, esse é o segundo livro que eu leio dele. Sendo que o primeiro que eu li foi  A ÚLTIMA MÚSICA”.  Ousado como só ele, Sparks já começa com a pergunta filosófica  “O que significa amar verdadeiramente uma pessoa?”

John cresceu sem o amor materno, seu pai o criou dando amor a sua maneira, mas não foi o suficiente para John que quando chegou a sua adolescência se revelou mais um dos garotos rebeldes que não prometiam futuro algum. Depois de terminar o colégio ele começou a trabalhar em algumas lojas da cidade, sempre na mesma rotina, saindo com garotas, bebendo, arrumando briga e pulando de emprego a cada mês. Até que cansou dessa vida e decidiu se alistar no Exercito Americano.
Ele amadureceu lá, ganhou além de músculos sabedoria e logo de soldado passou a ser sargento. Mas tudo em sua vida muda quando ele volta para sua cidade natal na Carolina do Norte para passar sua licença de duas semanas.
Enquanto fazia uma pausa entre uma surfada e outra, John conhece Savannah. Foi amor a primeira vista e John soube no primeiro momento que seria muito mais que um amor de verão, Savannah era a garota de seus sonhos. Savannah, uma garota religiosa que estava ali de férias da faculdade, também se apaixona por John e eles vivem as duas semanas mais apaixonadas e intensas de suas vidas.

Quando essas duas semanas termina John precisa voltar para sua base na Alemanha, mas não antes de prometer a Savannah que um dia irá se casar com ela. Savannah em troca promete esperar por ele, para que ele cumpra sua promessa.
John fica um ano longe e eles passam a se corresponder por cartas, telefonemas e e-mails.
Após um ano John pega mais uma licença de duas semanas e corre para os braços de Savannah, nesse tempo ele conhece sua família e depois passa a morar no apartamento que Savannah tem perto da faculdade onde, já formada, ela é assistente de alguns professores. Outra semana intensa com muito amor, brigas e diferenças.
O que ambos não esperavam é que o destino nem sempre conspira a nosso favor e o ataque de 11 de Setembro acontece, John se vê dividido entre voltar pra casa e deixar covardemente seus companheiros e país par atrás ou se alistas e ficar mais dois anos longe de Savannah. Como o homem de caráter que ele se tornou, se alista novamente e vai para a guerra. Mas em dois anos muita coisa pode acontecer e John irá descobrir que há outras formas de amar uma alguém.
Uma das coisas que mais gosto nos livros do Nicholas Sparks é que ele não escreve conto de fadas, ele escreve sobre coisas reais, coisas que podem acontecer comigo e com você, sejam elas coisas boas ou ruins.

“Querido John” é uma linda e comovente história de amor, que mostra que se você ama alguém, você quer que ela seja feliz independente que como ou com quem. O autor nos mostra seu ponto de vista sobre essa forma de amar, além de podermos ver um pouco sobre a história dos homens que servem o país sem fazer piegas ou perfeito demais.

Sem dúvidas é uma história triste, mas verdadeira e que te faz pensar sobre o que é amar verdadeiramente alguém. O tipo de livro que quando termina você fica triste, e passa o resto do dia pensando na história e o que você faria no lugar dos personagens.

Ontem assistir ao filme uma  adaptação do livro para o cinema com  suas diferenças, já diz o nome adaptação  percebi que existem cenas do livro que eu achei importantes e para minha surpresa retrataram do jeito que eu imaginava no filme, gostei muito! Algumas coisas foram cortadas, e muitas diferenças existem sim obviamente entre os personagens, mas o filme continua lindo.
Leiam primeiro o livro e depois assistam ao Longa.
Hoje já começo “Diário de Uma Paixão”



sexta-feira, 15 de julho de 2011

Os Maias


Minha namorada me apresentou Os Maias comecei a ler, mais percebi uma Narrativa lenta e bem detalhista, vou confessar me cansei. Mas ela me trouxe a minissérie pela qual logo me apaixonei relata a história da família Maia ao longo de três gerações, centrando-se na última e ressaltando o amor de Carlos da Maia e Maria Eduarda. Mas a história é também um pretexto para o autor fazer uma crítica à situação decadente de Portugal e à alta burguesia lisboeta, onde se dá a derrota e o desengano de todas as personagens.

Não contente voltei para o livro e não parava de ler hoje  finalmente concluir a leitura, sensacional é considerado a obra prima do autor. É um romance realista onde não faltam fatalismo, catástrofes e análise social.  A ironia atribuída ao romance  provém de personagens que concretizam certos tipos sociais, representantes de idéias, mentalidades, costumes, políticas, concepções de mundo.

Os Maias, publicado em 1888, é a mais acabada realização de Eça de Queirós. O romance se desenvolve em duas linhas de ação: a primeira, em torno dos amores incestuosos de Carlos da maia; a segunda, em torno da vida da alta burguesia lisboeta.
A narrativa inicia-se com Pedro da Maia, filho de Afonso da Maia, educado, conforme enfatiza o narrador, de acordo com padrões românticos.
Pedro da Maia casa-se com Maria Monforte, filha de um traficante de escravos. Dessa união nascem dois filhos: Maria Eduarda e Carlos. O casal se separa logo depois. A menina fica com a mãe, e o menino com o pai, que se suicida. Educado pelo avô, segundo padrões britânicos, Carlos da Maia forma-se em Medicina. Como médico, vai exercendo sua profissão apenas de forma eventual, isto é, por diletantismo; também na vida seu procedimento é o mesmo, pois, em decorrência de uma sociedade desprovida de motivações científicas e culturais, não se fixa em nada.
A adesão afetiva do narrado é maior quando fala de João da Ega, caracterizado como um revolucionário inofensivo. Essa visão simpática também aparece em outras personagens, como Afonso da Maia e Craft, modelo da fleuma britânica. Em sentido oposto, o narrador apresenta Damaso Salcede, pretenso sedutor de mulheres, de forma sarcástica e ainda Eusebiozinho Silveira, produto da debilidade moral e física do Romantismo.
O filho de Pedro da Maia, após alguns encontros amorosos com a condessa Gouvarinho, conhece madame Castro Gomes (Maria Eduarda) e apaixona-se por ela. A amada rompe com Castro Gomes, com quem não era casada, e vai viver com Carlos da Maia. Considera-se oficialmente sua “noiva”: ambos aguardam apenas a morte do avô Afonso para poderem se casar.
Entretanto, um jornalista idoso, Joaquim Guimarães, entrega a João da Ega uma caixa de documentos a ele confiada por Maria Monforte em Paris, para que ele a encaminhasse a Carlos e à “irmã”. Carlos julgava que a irmã, como a mãe, estivesse morta há muito tempo. Ega lê os documentos e, aterrorizado, vai mostrá-los a Carlos: ele e sua amada, Maria Eduarda, eram irmãos.
Carlos da Maia, desnorteado, volta a encontrar-se com a irmã, numa atitude de incesto consciente. Surpreendido com o reaparecimento da neta, que surgia como amante do irmão, Afonso da Maia falece. A situação entre os irmãos só é solucionada após o funeral: Maria Eduarda, com a identidade esclarecida, vai para Paris e lá se casa; Carlos viaja para a América e o Japão, em companhia de Ega. Mais tarde, Carlos acaba fixando residência também em Paris, onde alia a ociosidade ao diletantismo.

Uma ótima Obra eu recomendo Leiam!


quinta-feira, 14 de julho de 2011

José Maria de Eça de Queirós

José Maria de Eça de Queirós  Póvoa de Varzim, 25 de 
Novembro de 1845 – Paris, 16 de Agosto de 1900.


Um dos mais importantes escritores lusos. Foi autor, entre outros Romances de reconhecida importância, de  Os Maias e O Crime do Padre Amaro; este último é considerado por muitos o melhor romance realista português dos Sec XIX.

Filho natural do magistrado José Maria de Almeida Teixeira de Queirós e de Carolina Augusta Pereira de Eça, foi registrado como filho de mãe desconhecida e viveu até os dez anos na casa dos  avós paternos, apesar de os pais terem se caso após seu nascimento.

Estudou no Colégio da Lapa, na cidade do Porto até o seu ingresso na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, em 1861. Tratava-se de um momento em que a Universidade fervilhava e seus vários de seus colegas de curso também alcançaram destaque na inteligência portuguesa da época, como Teófilo Braga e Antero de Quental. Nessa época publicará seus primeiros textos, num total de dez artigos que serão reunidos em "Prosas Bárbaras".

Iniciou a carreira de advogado em Évora, em 1867, mas logo seguiu para Lisboa, onde colaborou na redação de "A Gazeta de Portugal" e integrou os debates literários que se intitularam "Cenáculo". Em 1871, participou das Conferências Democráticas do Cassino Lisbonense, com uma palestra intitulada "A Nova Literatura ou o Realismo como expressão de Arte".

Ingressando na carreira diplomática em 1870, serviu em Havana, Bristol (Inglaterra) e finalmente em Paris, onde se casou e pôde se dedicar com maior empenho à literatura. Datam da década de 70 as obras que iriam consagrá-lo, como "O Crime do Padre Amaro" (1875) e "O Primo Basílio" (1878), mas grandes obras foram escritas também nas décadas seguintes, como "A Relíquia" (1887), "Os Maias" (1888) e "A Ilustre Casa de Ramires"; 1900.

Além disso, postumamente, vieram a público outras obras, entre as quais "A Cidade e as Serras" (1901), "Alves & Cia. (1925) e "A Tragédia da Rua das Flores" que, a pedido do autor, só foi publicado 80 anos após a sua morte.