sexta-feira, 15 de abril de 2011

Orgulho e Preconceito



O mês passado terminei de ler o livro, quando comentei em sala com meus alunos, uma aluno me disse Professor me empresta o livro que eu te empresto o  DVD, não pensei duas vezes então trocamos figurinhas de “Orgulho e Preconceito”. A obra literária de Jane Austen deu ao romance inglês o primeiro impulso para a modernidade, ao tratar do cotidiano de pessoas comuns. De aguda percepção psicológica, seu estilo destila sempre uma ironia sutil, dissimulada pela leveza da narrativa. Orgulho e Preconceito (1797) é a obra mais conhecida da autora. Jane Austen mostrou como o amor entre os protagonistas era capaz de superar barreiras de orgulho e preconceito, a diferença social entre eles e o escasso poder de decisão concedido à mulher na sociedade da época.
A crítica veio a considerá-la a primeira romancista moderna da literatura inglesa.

A história desenvolve-se à volta da família de uma jovem cujo pai tranquilamente leva a vida a passo largo e seguro e cuja mãe, à falta de melhor frase, pode dizer-se uma espasmódica. Há numerosos caracteres principais que por sua vez se encontram em interessantes situações nem sempre equilibradas em matéria de sofisticação. Elisabeth é a segunda mais velha e a favorita do pai pela sua inteligência e entendimento de que pode esperar mais da vida do que casar-se com o primeiro homem que lhe bata à porta. Jane é a mais velha e enquanto espera encontrar a felicidade no seu distinto eleito, a sua irmã cuida de mantê-lo afastado dela por não ser, a seu ver, suficientemente bom. As questiúnculas e o erro de cálculo advindo têm o sentido que só Austen pode realizar. A história cobre apenas alguns anos das suas vidas na sua maior parte durante as estações da alta sociedade quando cada um estava no seu respectivo lar, como era uso do tempo. A novela tem lugar no século XIX, quando das mulheres se esperava que fossem inconscientes e afetadas e para as rivais Elisabeth e a sua irmã Jane estavam agradavelmente fora da norma. À medida que as irmãs cresciam e descobriam que havia mais na vida do que o imaginado e um odiado  pretendente se torna um amante e afável marido, a beleza das suas histórias torna-se mais real. O detalhe que Austen utiliza ao longo da novela estabelece o tom magnificente e torna a história muito mais aprazível; quando um objeto é grandioso a descrição é mais grandiosa ainda, quando parece pequeno e insignificante para qualquer outro, Austen dá-lhe a mesma atenção de detalhe de todas as mais, mesmo que seja colocar uma vela ou um livro marcado sobre a prateleira do fogão, o que dá acrescidas informações acerca da família.



No filme dirigido por Joe Wright, toda essa paixão (e eu digo pela intensidade de como a história decorre) não é menor, mesmo muitos dos parágrafos do livro terem sido cortados. Mas de modo algum o filme deixa de ser apaixonante como a obra literária. Ele tem apenas a essência dos acontecimentos que a obra possuí, mas convenhamos que um livro grande como ele, e com a narrativa longa e algumas vezes parada, nada mais justo que enxugar algumas partes e colocá-las de uma maneira resumida, mas que explique todo o conflito que os personagens estão passando.
A atuação de Keira Knightley como Lizzy Bennet não é totalmente impecável, mas ela consegue passar a doçura, inteligência e a ironia que a personagem possui com tanta altivez. Muitas vezes deixando transparecer uma certa inocência por parte de sua personagem que no livro não é tão aparente; embora isso não seja um ponto negativo.
Eu não poderia deixar de citar a belíssima trilha sonora com tantas interpretações em piano que embelaza ainda mais o cenário tão cuidadosamente escolhido para rodar o filme.
O que me chama atenção nas obras, além do simples fato de ser um romance histórico, é que a autora consegue nos mostrar de maneira interessante e direta como ela mesma vivia e o modo que a sociedade via o casamento naquela época. Isso se pode ver no filme também, talvez com um pouco mais de dinâmica, mas sem deixar de entendermos do que se trata. 

 Uma peça de ficção verdadeiramente maravilhosa. Muito bom o livro o filme como sempre bem resumido, mas pra quem gosta de ler, sendo uma ótima Obra Literária eu recomendo.

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