Título: O Solista
Autor: Steve Lopez
Editora: Nova Fronteira
Em “O Solista” , Steve Lopez narra a história de quando, como colunista sempre à procura de uma boa matéria, resolveu falar de Nathaniel Ayers – o sem-teto -, no jornal. Quando ele menos esperava, ajuda e ações solidárias apareceram de todos os cantos vindo de pessoas tocadas pela história de Ayers. De uma simples coluna de jornal, isso passou a ser uma jornada para transformar Nathaniel numa pessoa melhor, com moradia e um possível tratamento, e praticamente se tornou um objetivo de vida para Steve. Mas o que até então poderia parecer uma coisa simples, acabou virando em diversos momentos, um fardo para o jornalista, que acabava deixando sua esposa e filha pequena um pouco de lado.
Não acho que seja um livro para qualquer um. É um livro simples, sem fortes emoções, um livro real. Não fala de coisas bonitas nem possui um protagonista apaixonante. O Solista trata daquele lado que a gente muitas vezes prefere não enxergar: a miséria. Mas é uma leitura que mesmo não me deixando 100% satisfeito, fico feliz por ter lido e ter conhecido Nathaniel.
Através da história de vida de Nathaniel Ayers é possível uma luz acender dentro de nossas mentes e percebermos que um dia podemos estar nos braços da vitória, e no dia seguinte, no fundo do poço. Nathaniel era um negro estudando em Juilliard (o que naquela época era quase que inacreditável), dono de um brilhantismo incrível, que tinha tudo para ser um músico de sucesso. No entanto, a pressão dentro da escola, sua intolerância e excentricidade, junto com a esquizofrenia o levaram para fora de Juilliard. Com um temperamento super difícil (durante todo o livro eu me perguntei como Steve aguentou seus altos e baixos) e depois de diversas tentativas de tratamentos, Nathaniel acaba indo morar nas ruas de Los Angeles.
Ayres tinha suas limitações – impostas exclusivamente por ele – como por exemplo, um carrinho de supermercado que ele não larga e não deixa guardado em lugar nenhum. Ele consegue ser um homem culto e educado num minuto, para em seguida se transformar em um louco intolerante e agressivo. Como ajudar uma pessoa que na maior parte do tempo NÃO quer ser ajudada?
A história é tocante, emociona quem se deixa envolver. Mas foi bem difícil terminar a leitura, comecei em janeiro e só terminei agora em Maio, em pois alguns trechos são bem repetitivos, chatos eu diria, com uma narrativa arrastada. Em vários momentos eu tive vontade de abandonar o livro, imaginando Steve ficaria dando voltas e mais voltas sem chegar a lugar algum. Mas acabei persistindo, dei uma chance ao livro e fiquei satisfeito com o final. Assistir ao longa também no qual foi melhor o que o livro.
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