segunda-feira, 19 de julho de 2010

Rios e Pântanos

 Hoje começei a ler Olavo Bilac que foi uns dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, criou a Cadeira nº 15, que tem como patrono Gonçalves Dias. O poema que me indendifiquei foi Rios e Pântanos.
Resolvi Postar



Muita vez houve céu dentro de um peito!
Céu coberto de estrelas resplendentes,
Sobre rios alvíssimos, de leito
De fina prata e margens florescentes…



Um dia veio, em que a descrença o aspeito
Mudou de tudo: em túrbidas enchentes,
A água um manto de lodo e trevas feito
Estendeu pelas veigas recendentes.



E a alma que os anjos de asa solta, os sonhos
E as ilusões cruzaram revoando,
- Depois, na superfície horrenda e fria,

Só apresenta pântanos medonhos,
Onde, os longos sudários arrastando,
Passa da peste a legião sombria…

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