Voltei a ler " O Rio de Janeiro Setecentista " de Nireu Cavalcanti dessa vez eu termino, quando folhava as páginas logo me defrontei com Camões que eu tanto gosto.
A Luís de Camões ( 1524 - 1580 )
Autor do belo soneto.
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
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