sexta-feira, 15 de julho de 2011

Os Maias


Minha namorada me apresentou Os Maias comecei a ler, mais percebi uma Narrativa lenta e bem detalhista, vou confessar me cansei. Mas ela me trouxe a minissérie pela qual logo me apaixonei relata a história da família Maia ao longo de três gerações, centrando-se na última e ressaltando o amor de Carlos da Maia e Maria Eduarda. Mas a história é também um pretexto para o autor fazer uma crítica à situação decadente de Portugal e à alta burguesia lisboeta, onde se dá a derrota e o desengano de todas as personagens.

Não contente voltei para o livro e não parava de ler hoje  finalmente concluir a leitura, sensacional é considerado a obra prima do autor. É um romance realista onde não faltam fatalismo, catástrofes e análise social.  A ironia atribuída ao romance  provém de personagens que concretizam certos tipos sociais, representantes de idéias, mentalidades, costumes, políticas, concepções de mundo.

Os Maias, publicado em 1888, é a mais acabada realização de Eça de Queirós. O romance se desenvolve em duas linhas de ação: a primeira, em torno dos amores incestuosos de Carlos da maia; a segunda, em torno da vida da alta burguesia lisboeta.
A narrativa inicia-se com Pedro da Maia, filho de Afonso da Maia, educado, conforme enfatiza o narrador, de acordo com padrões românticos.
Pedro da Maia casa-se com Maria Monforte, filha de um traficante de escravos. Dessa união nascem dois filhos: Maria Eduarda e Carlos. O casal se separa logo depois. A menina fica com a mãe, e o menino com o pai, que se suicida. Educado pelo avô, segundo padrões britânicos, Carlos da Maia forma-se em Medicina. Como médico, vai exercendo sua profissão apenas de forma eventual, isto é, por diletantismo; também na vida seu procedimento é o mesmo, pois, em decorrência de uma sociedade desprovida de motivações científicas e culturais, não se fixa em nada.
A adesão afetiva do narrado é maior quando fala de João da Ega, caracterizado como um revolucionário inofensivo. Essa visão simpática também aparece em outras personagens, como Afonso da Maia e Craft, modelo da fleuma britânica. Em sentido oposto, o narrador apresenta Damaso Salcede, pretenso sedutor de mulheres, de forma sarcástica e ainda Eusebiozinho Silveira, produto da debilidade moral e física do Romantismo.
O filho de Pedro da Maia, após alguns encontros amorosos com a condessa Gouvarinho, conhece madame Castro Gomes (Maria Eduarda) e apaixona-se por ela. A amada rompe com Castro Gomes, com quem não era casada, e vai viver com Carlos da Maia. Considera-se oficialmente sua “noiva”: ambos aguardam apenas a morte do avô Afonso para poderem se casar.
Entretanto, um jornalista idoso, Joaquim Guimarães, entrega a João da Ega uma caixa de documentos a ele confiada por Maria Monforte em Paris, para que ele a encaminhasse a Carlos e à “irmã”. Carlos julgava que a irmã, como a mãe, estivesse morta há muito tempo. Ega lê os documentos e, aterrorizado, vai mostrá-los a Carlos: ele e sua amada, Maria Eduarda, eram irmãos.
Carlos da Maia, desnorteado, volta a encontrar-se com a irmã, numa atitude de incesto consciente. Surpreendido com o reaparecimento da neta, que surgia como amante do irmão, Afonso da Maia falece. A situação entre os irmãos só é solucionada após o funeral: Maria Eduarda, com a identidade esclarecida, vai para Paris e lá se casa; Carlos viaja para a América e o Japão, em companhia de Ega. Mais tarde, Carlos acaba fixando residência também em Paris, onde alia a ociosidade ao diletantismo.

Uma ótima Obra eu recomendo Leiam!


Um comentário:

  1. Fala garoto.. entrou nessa de blog tb..... seu blog está otimo....

    Dá uma passadinha pra conhecer o meu..
    http://profgrayce.blogspot.com/

    bjao

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