O Império Romano se localizava na Itália, ao sul da Europa, na parte central do litoral do Mar Mediterrâneo, teve como principais povoadores os Etruscos e os Gregos, as origens de Roma provem de uma lenda, com certeza você, amigo internauta, já ouviu falar na lenda de Rômulo e Remo não é? Sim, aquela lenda dos dois irmãos que foram criados por uma loba e foram descobertos por alguns pastores, ai eles cresceram e como não queriam viver em Alba Longa resolverão fundar uma nova cidade, porém, houve uma divergência, qual deles seria o governante? Então Rômulo assassinou Remo e fundou a cidade de Roma, de acordo com a lenda isso teria acontecido em 753 A.C, claro que apesar de isso ser uma lenda, devemos saber que por vezes as lendas contem algum fundo verdadeiro e com pesquisas históricas descobriu-se que de fato houve sim uma aldeia, que ficava na cidade de Roma, mais também há pesquisas históricas que dizem que a cidade de Roma se deu com os Italiotas e os Etruscos.
Apesar de estarmos nos referindo no inicio diretamente ao Império Romano, devemos lembrar que antes de se tornar realmente um império, a civilização romana foi uma Monarquia (753 – 509 A.C) e uma Republica (509 – 31 A.C), somente em 27 A.C se tornou um Império e durou até 476 D.C.
Durante o seu período monárquico, Roma era governada pelo rei, senado e assembléia curial, o rei ele era o chefe militar e religioso, o senado era formado por velhos cidadões que tinham como obrigação propor novas leis e fiscalizar as leis existentes e a assembléia curial era formada pelos cidadões dos curios, tinha funções de eleger altos funcionários, aprovar ou rejeitar leis, etc.
A classe social monárquica dividia-se em quatro classes eram elas:
· Patrícios: Eram os cidadões nobres e ricos, eram a classe dominante, tinham direito políticos e podiam desempenhar funções publicas, eram também proprietários de terras, rebanhos e escravos.
· Clientes: Eram homens livres da classe intermediaria que se associavam ou prestavam serviços aos patrícios, recebiam auxilio econômico e proteção social
· Plebeus: Eram homens livres da classe pobre que se dedicavam ao comercio, ao artesanato e a produção agrícola.
· Escravos: Prisioneiros de guerras.
A transição da Monarquia para a Republica Romana se deu pelo fato de os plebeus terem começado a fazer protestos e lutarem pelos seus direitos, com isso o Rei Túlio cedeu alguns direitos e criou algumas leis a favor dos plebeus, só que os patrícios não gostaram nem um pouco dessa atitude e então eles derrubaram o rei, a partir daí então se dá o inicio da republica romana, que era governada por dois cônsules, que eram eleitos a cada ano pela Assembléia Centuriata, nessa assembléia podia haver a votação de todos os trabalhadores livres, claro que os Patrícios tinham direito a muito mais votos que os Plebeus, essa assembléia tinha 300 membros que eram escolhidos pelos magistrados da republica ( cônsules, pretores, questores e censores) que tinham algumas obrigações como fiscalizar o estado e decidir sobre questões relacionadas a guerras e paz.
As duas principais classes eram os patrícios (classe dominadora), e os plebeus (classe dominada) que eram explorados ao máximo pelos patrícios. Cansados de tanta exploração os plebeus resolveram mover uma longa luta política de aproximadamente um pouco mais de um século contra os patrícios, já que os plebeus eram uma classe numerosa obviamente eles eram indispensáveis ao exercito, porém quando eles tomaram consciência disso, eles fizeram protestos e acabaram retirando-se de Roma e foram para uma montanha próxima, isso fez com que os patrícios ficassem bastante preocupados, já que sem os plebeus haveria um enfraquecimento no exercito, para que essa situação fosse contornada eles deram alguns direitos aos plebeus dentre esses direitos foi a criação do tribuno da plebe, que eram defensores do povo eleitos pelos plebeus, a partir daí os plebeus conseguiram diversas conquistas, como a proibição da escravização de um plebeu por dividas, a sociedade passou a ter mobilidade estamental, ou seja, podia haver casamento entre as classes, entre outras conquistas, os mais importantes tribunos da plebe foram os irmão Tibério e Caio Graco que promoveram uma reforma agrária, claro que os nobres não ficaram nenhum pouco satisfeitos com isso, para que essa reforma fosse aprovada Tibério precisaria ser reeleito tribuno, no dia da votação o senado acompanhado de servos foram até a assembléia e assinaram Tibério e umas 300 pessoas.
Houve uma enorme expansão durante a republica romana, para se ter uma noção, os romanos dominaram toda a península itálica e iniciaram uma guerra contra Cartago que ficou conhecida como Guerras Púnicas, as guerras púnicas ocorreram pelo fato de os romanos cobiçarem a Sicília, que pertencia aos cartagineses. A cada povo conquistado, os romanos procuravam roubar o máximo das riquezas que podiam e depois os povos dominados deviam pagar altos impostos ao Estado romano. Porém, a republica romana entrou em crise por causa das tensões sociais que se instauraram nas cidades provocadas pelos plebeus, então houve a transição da republica para o império, mais antes que essa transição fosse realmente feita, e houvesse um imperador o poder passou pela mão de algumas pessoas, dentre elas o general Mário que criou o soldo (espécie de pagamento aos soldados do exercito) e depois por Pompeu, Júlio César e Crasso (que formaram o primeiro triunvirato), Crasso morreu fazendo guerra no oriente médio então restou Pompeu e César, onde ambos confrontaram e Pompeu acabou assassinado, agora o poder estava nas mãos de César, mais se lembre que ainda assim, César ainda não era o imperador, porém muitos senadores temiam a suprema ditadura de César e conspiravam contra ele, e atacaram César matando-o a facadas, em seus últimos suspiros ele percebeu que até seu filho adotivo estava o apunhalando e disse a frase que ficará marcada na história para sempre “- Até tu, Brutus?”
Como se a morte de César fosse a solução de alguma coisa, os generais Marco Antônio e Lépido juntamente com Otávio Augusto formaram o Segundo Triunvirato, porém quem ficou mesmo no poder foi Otávio Augusto. Otávio Augusto promoveu reformas sociais e administrativas, Roma prosperou economicamente e o Império passou a viver um período de paz e segurança, conhecido como a Pax Romana. O Estado romano realizou obras publicas notáveis, como estradas, aquedutos, praças, templos e prédios administrativos, todas essas obras foram realizadas com um árduo trabalho escravo, para isso o estado instituiu a “política” do pão e circo, uma formula simples e que funcionou, o estado dava comida e diversão de graças às camadas pobres da cidade e eles podiam ser dominados, as mais espetaculares diversões ocorriam no Coliseu.
Os imperadores que eram venerados como deuses, nada tinham de deuses, um dos piores talvez que o Império teve possa ter sido Calígula que fez a proeza de abandonar o governo nas mãos de seus ex-escravos e se dedicou as orgias ou então Nero, que fez coisas absurdas como caçar seus inimigos políticos e mandar matá-los, entre outras coisas absurdas.
Alem dos problemas quanto aos seus governantes e as constantes brigas pelo poder, Roma também sofreu com uma grande insatisfação popular e uma desorganização militar, todos esses fatores mais as invasões dos povos bárbaros, contribuíram para que o Império entra-se em lento declínio. Os povos bárbaros eram povos que viviam fora do Império Romano, próximos as fronteiras, havia muitos deles, com o enfraquecimento do Império, eles começaram a entrar nas fronteiras e invadiam as cidades, claro que nem todos atacavam as cidades, alguns até queriam se integrar a sociedade romana. Para conter essas invasões o império se dividiu em duas partes, Império Romano do Ocidente com Roma como sede, e Império Romano do Oriente com sede em Constantinopla.
A Religião Romana
No inicio a religião romana era politeísta, em si os romanos “importaram” muitas coisas dos gregos, mais logo após a morte de Jesus, suas doutrinas se espalharam aos poucos pelo Império Romano principalmente entre os pobres e escravos, os imperadores perseguiram os cristãos mais não conseguiram deter a difusão do cristianismo. O fim dessa perseguição ocorreu quando o Imperador Constantino se converteu ao cristianismo e liberou os cultos pelo Edito de Milão.
Uma das grandes contribuições culturais dos romanos foi a elaboração de leis para disciplinar a sociedade, ou seja, a criação do direito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário