Muito tempo já passou
Mas os ventos do passado ainda movem moinhos
As massas negras degradadas na abstinência de um destino
Sofreram o desprezo por força da lei
Que aplaudido foi a desgraça do pobre órfão
desprovido da sua indignação.
Tão certo que escravidão nunca foi bom negócio
O ócio fez-se ciência que melhor investida era a imigração
Negro por que?
Por que alimenta-los, se já não são as nossas mãos?
Isabel tornou certo o que era obvio,
O vil da escravidão foi rompido e corrompido pelo tempo
Leis que foram parágrafos na história
Reforçaram a opinião da verdade
Por mais um ato de liberdade.
Ventre livre para as crianças
Sexagenário em favor dos anciões
Nos corações sedentos por alforria
Sorria o desejo de se ver livre de tanta crueldade.
O senhores e seus cafezais
Os tais barões escravocratas
As natas do império
Acaloravam em seus discursos,
Até perceberem que uma nova mão de obra importada
Era mais importante que acudir entre o útil e agradável
Aqueles a quem muito se devia.
Foram os negros "postos em liberdade"
Para morrerem à míngua
Desabrigados e doentes sem rumo ou direção...
Pela lei dourada a corte foi cortejado, a saber, "Rosa de Ouro"
Os doutores da lei foram aclamados por todo mérito.
O elemento servil se viu abandonado
Pelado, nu e humilhado...
O negro conheceu a liberdade
Sem direito, sem terra e moradia
Não exercera cidadania,
Viveu para conhecer a exclusão social.
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