domingo, 19 de junho de 2011

Eu Sou O Número Quatro

Eu comecei a leitura desse livro com um pé atrás, afinal, ficção científica e alienígena não são meus temas preferidos de filmes e livros, mas como esse livro foi muito comentado, por meus alunos  resolvi encarar, li o livro e depois assistir ao filme. A narrativa é feita no presente, em primeira pessoa, sob o ponto de vista do John.


O livro conta a história de Quatro, o quarto de nove moradores de Lorien que foram enviados à Terra para salvar a própria pele e, no futuro, seu próprio planeta. Cada um dos lorienos veio com seu Cepân – uma espécie de guardião sem poderes – que tem como missão cuidar deles e ajudá-los a desenvolver seus poderes, conhecidos como legados.
Acompanhamos já nas primeiras páginas a morte do número três. Com isso o cerco se fecha e Quatro sabe que é o próximo, não tem escapatória. Pois é, uma forma de proteção para os nove é essa: eles só podem morrer em sua ordem de numeração.
Ah, claro… Por que vieram para a Terra? Lorien já foi um planeta parecido com o nosso, que chegou ao cúmulo da devastação e se recuperou lindamente. Mas existem outros planetas se destruindo por aí e nem todos eles conseguem se recuperar e, por isso, seus habitantes simplesmente saem invadindo o que podem. Esse é o caso dos Mogadorianos.
Quatro e Henri – seu Cepân – vivem fugindo de uma cidade para outra. Quando estão correndo o risco de serem descobertos pelos Mogadorianos (que vieram pra Terra destruir os lorienos que sobraram), arrumam tudo e somem!
E é em uma dessas mudanças que chegam a Paradise. E é ali que tudo muda. Quatro, com o nome John Smith, já chega na nova escola se envolvendo em problemas: uma linda garota e seu ex-namorado esportista e valentão.
A partir daí, além de toda a história de fuga por ser um lorieno, vemos se desenrolar todos os dramas adolescentes que estamos acostumados. Sarah é fofa e conseguiu me cativar, seu ex é um idiota e me irritou.
Mas é o que acontece enquanto vive tudo isso que me deixou um pouco incomodado. Tudo bem que o amor faz as pessoas fazerem coisas meio doidas, mas John exagera e, em poucos dias de romance, já arrisca tudo que levou anos para construir com Henri. E isso inclui a segurança dos dois.
Acompanhar uma dose de normalidade entre treinos e práticas de poderes lorienos é interessante, mas mesmo sabendo que ele precisa ter experiências típicas dos adolescentes não consigo entender suas decisões que quase colocam tudo a perder.
Quatro é um personagem que me causou sentimentos dúbios exatamente pelo que citei acima. Ao mesmo tempo que entendia sua vontade de viver, o fato de agir de forma inconsequente em algumas situações tirou um pouco do carinho que poderia vir a ter por ele.
Preciso citar Bernie Kosar como o cachorro mais interessante que já vi nos livros – pelo menos que me lembre. E, claro, não posso deixar de fora Sam Goode, o bom amigo nerd viciado em história de ETs que está pronto para ajudar no que der e vier.
O ponto alto, na minha humilde opinião, são as cenas de ações finais. Fiquei tenso esperando o desfecho e juro que até emocionei.
E é isso, um livro que não me arrependo de ter lido, que recomendo, mas que não foi tudo que imaginei que seria. Pois é, esse é problema de criar expectativas muito altas. Independente disso estou ansioso para o próximo da série e foi um lançamento que trouxe um fôlego a mais para quem estava preso na roda vampiro/anjos/distopia.
Citando também a  “magia” criada em torno da idéia de colocar Pittacus Lore, ancião de Lorien, como autor foi boa… Mas como pode ser ele se quem narra a história é o Quatro? Pois é, vai entender.
Recomendo leiam o livro e depois assistam ao filme.
Segue em seguida um trailer do filme que meu aluno Porsi  emprestou depois que li o livro.

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