segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Dia do Músico!


Parabéns  a  todos Músicos Arranjadores, compositores, pesquisadores, regentes, intérpretes, instrumentistas... Não importa em qual área desta arte você atue, você foi escolhido para traduzir a linguagem de Deus aos homens.
Creio que nada nos aproxime tanto do nosso pai celeste quanto a música, por isso somos especiais, embora tão desvalorizados. Nossos aplausos a todos os músicos do mundo

Música é freqüentemente definida como linguagem universal, como uma arte de combinar sons para obter efeitos expressivos. É uma descrição apropriada, dando crédito à filosofia "Um Mundo, Um Povo" adotada por muitos dos maiores pensadores do mundo.

         Refletindo sobre esse conceito, Acredito que música representa a alma da humanidade, cultura por cultura. Quando ouso  música misturo um arco-íris de estilos e etnicidades, e testemunho as almas de muitas culturas unindo-se de forma óbvia e tranqüila. O resultado é mais cor, beleza e força. Uma rede sem costuras. Unidade. Faço isso o tempo todo. Eu tenho esse sentimento, e não é nada constrangedor ou incomum. Na realidade, é natural. Significa que a raça humana tem a chance de encontrar um solo comum. Você pode dizer que sou um sonhador, como John Lennon certa vez cantou mas preciso ser um sonhador. Preciso poder ver como o mundo pode ser. Sou um artista. Sou sobre instinto, não lógica ou história. Se nossas  almas unem-se na música, elas podem unir-se em qualquer lugar, e como pessoas podemos atingir harmonia e paz".
"Música é uma linguagem incrivelmente direta. Ela transpõe
 língua e lógica, e fala diretamente a sua alma.  

A Revolta das Chibatas

Em 1910 a população brasileira era de 23 milhões de habitantes, sendo a classe operária perto de 160 mil indivíduos. Os demais trabalhadores viviam nas zonas rurais, e os negros, bem os negros não viviam, sobreviviam – ainda marginalizados 22 anos depois da abolição da escravatura. A população negra não tinha terra para plantar, tinha pouquíssimos direitos, eram discriminados, não eram integrados ao mercado de trabalho, sendo que boa parte deles se alistava, notadamente na Marinha do Brasil, que os aceitava como mão de obra farta e barata. Nessa época, qualquer “pecado” de marujo, como levar uma garrafa de aguardente a bordo, era duramente punido com castigos físicos, que embora já tivessem sido abolidos na Proclamação da República, foram restabelecidos um ano depois.
 “Faltas leves devem ser punidas com prisão a ferro na solitária, por um a cinco dias, a pão e água; faltas leves repetidas, idem, por seis dias, no mínimo; faltas graves, vinte e cinco chibatadas, no mínimo”, decretava o estatuto da Marinha na época.
A maioria da força de trabalho sem grande patente era formada por negros, que se rebelavam em segredo contra esse tipo de punição há algum tempo. Uma rebelião foi sendo articulada pelo marinheiro João Cândido Felisberto  (“Almirante Negro”), que culminou com A Revolta das Chibatas, movimento relatado pelo jornalista e escritor paulista Fernando Granato, em seu recém-lançado livro João Cãndido - Retratos do Brasil Negro. A Revolta tornou-se um marco na história de nossa juvenil República, e o relato dos acontecimentos, embora várias obras, estudos e teses tenham sido escritos, ainda é cercado de estranhamentos, seja por parte dos acadêmicos, seja por parte de alguns reservistas da Marinha.
Há muito tempo nas águas da Guanabara/O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo marinheiro/A quem a história não esqueceu
Conhecido como o almirante negro/Tinha a dignidade de um mestre sala.

O fato é que há quase cem anos, na noite de 22 de novembro de 1910, a punição ao marinheiro Marcelino Rodrigues de Menezes foi o estopim para o movimento. Depois de ferir um oficial a bordo do encouraçado Minas Gerais (que o havia delatado por levar pinga para o navio), Menezes foi condenado a receber 250 chibatadas, que seriam aplicadas sob os indignados olhares da tropa. Era a gota d’agua. Os marinheiros assumiram o controle do Minas Gerais, mataram quatro oficiais (incluindo Batista das Neves, o comandante do navio), juntaram-se na Baia da Guanabara a outras embarcações, e enviaram um manifesto ao presidente da República (Hermes da Fonseca). Escreveu João Cândido na carta: “O governo tem que acabar com os castigos corporais, melhorar nossa comida e dar anistia a todos os revoltosos. Senão, a gente bombardeia a cidade dentro de 12 horas”. Surpreendido, o comando militar e o Congresso bateram cabeça, discutiram enfurecidos sobre qual posição deveria ser tomada, minimizaram o fato, rechaçaram uma negociação e chegaram a bombardear a “frota rebelde”. Os amotinados revidaram bombardeando as instalações na Ilha das Cobras e o Palácio do Catete (sede do Poder). Acuada, a Marinha iniciou as negociações com João Cândido e seus pares na manhã do dia 23.

E ao navegar pelo mar com seu bloco de fragatas / Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por batalhões de mulatas/Rubras cascatas jorravam das costas dos negros pelas pontas das chibatas/Inundando o coração de toda tripulação/Que a exemplo do marinheiro gritava então.

No dia 26, o governo aceitou as reivindicações, abolindo os castigos físicos e anistiando os revoltosos, que baixaram as armas e se entregaram. Dois dias depois um grupo de marinheiros foi expulso da Marinha (“inconveniente à disciplina”), e outros foram presos na Ilha das Cobras. Em 4 de dezembro, ouve novo levante, mas os marinheiros já não tinham uma liderança, estavam apavorados e foram dizimados pelo bombardeio da marinha. Muitos dos rebelados morreram, outros foram detidos, entre eles João Candido, que foi preso em solitária, passou um período no manicômio (pior cárcere não havia na época), foi expulso da Marinha, sendo julgado posteriormente e absolvido em 1 de dezembro de 1912. Vagou a míngua pela vida, juntou-se ao movimento da Ação Integralista Brasileira em 1933, sonhou em voltar a Marinha, mas só conseguiu voltar para o Sul do país, onde nascera. Foi discriminado até os últimos dias, passou a viver em São João de Meriti (RJ) e morreu de câncer, pobre, esquecido e abandonado em 6 de dezembro de 1969, aos 89 anos de idade.
Glória aos piratas, às mulatas, às sereias/Glória à farofa, à cachaça, às baleias
Glória a todas as lutas inglórias/Que através da nossa história
Não esquecemos jamais/Salve o almirante negro
Que tem por monumento/As pedras pisadas do cais/Mas faz muito tempo…
A jornada pela redução da discriminação racial no Brasil está longe de terminar. Embora uma parte da sociedade negra tenha conseguido acesso aos bens de consumo e a titularidade acadêmica, a grande maioria ainda ostenta nas costas as marcas das “chibatadas sociais” do final do século XX, que são menos sangrentas, mas não menos dolorosas do que as do início. Quem se interessa pelo tema, e também por jornalismo, pode encontrar boa informação e debate na obra Imprensa Negra no Brasil do Século XIX, da historiadora Ana Flávia Magalhães Pinto, lançada este mês em Brasília. Dividido em quatro capítulos, o livro apresenta um panorama dos jornais e revela a atuação de um razoável número de negros letrados capazes de gerar e absorver as ideias emitidas nos periódicos da época.
Um ano antes de morrer (1968), João Candido deu um depoimento ao Museu da Imagem e do Som, com perguntas feitas pelo historiador Helio Silva e Ricardo Cravo Albin, então diretor executivo do MIS. Disse ele: “Nada nos foi oferecido, nós impusemos, queremos isso e tem que se decidir por isso… A ideia nasceu dos próprios marinheiros para combater os maus-tratos e a má alimentação da Marinha e acabar definitivamente com a chibata… Eu tive o poder na organização da conspiração e estive determinado pelos comitês para assumir a direção da revolução com todos os poderes (…) Na organização da revolta, eu dispunha de todos os poderes, parei o Brasil. Durante seis dias eu parei o Brasil”.



Jazz de Kurt Elling

Kurt Elling (nascido em 02 de novembro de 1967) é um americano cantor de Jazz  vocalista, compositor, letrista e Vocalese performer. Nascido em Chigago, lllinois, e criado em Rockford Ellin primeiro se interessou por música através de seu pai, que era mestre de capela em uma igreja luterana. Crescer, Elling cantou em corais e tocou vários instrumentos musicais, mas não foi exposto ao jazz até que ele assistiu Gustavus Adolphus College. Elling matriculados no ensino de graduação na Universidade de Chicago  Divinity Shool, mas deixou a escola um crédito de curto de mestrado e um de prosseguir uma carreira como vocalista de jazz.

Amizade

Amizade

(Érico Veríssimo)

A amizade é um amor que nunca morre. 
A amizade é uma virtude que muitos sabem que existe,
alguns descobrem, mas poucos reconhecem. 
A amizade quando é sincera o esquecimento é impossível 
A confiança, tal como a arte, não deriva de termos resposta para tudo, mas,
de estarmos abertos a todas as perguntas. 
A dor alimenta a coragem. Você não pode ser corajoso se só aconteceram
coisas maravilhosas com você. 
A esperança é um empréstimo pedido à felicidade. 
A felicidade não é um prêmio, e sim uma conseqüência,
a solidão não é um castigo, e sim um resultado. 
A felicidade não está no fim da jornada, e sim em cada curva do caminho que
percorremos para encontrá-la. 
A gente tropeça sempre nas pedras pequenas, porque as grandes a gente logo enxerga. 
A glória da amizade não é a mão estendida, nem o sorriso carinhoso, nem mesmo a delicia da companhia. É a inspiração espiritual que vem quando você descobre que alguém acredita e confia em você. 
A infelicidade tem isto de bom: faz-nos conhecer os verdadeiros amigos. 
A inteligência é o farol que nos guia, mas é a vontade que nos faz caminhar. 
A maior fraqueza de uma pessoa é trocar aquilo que ela mais deseja na vida, por aquilo que ele deseja no momento. 
A persistência é o caminho do êxito. 
A pior solidão é aquela que se sente na companhia de outros. 
A SOLIDÃO É UMA GOTA NO OCEANO QUE SÓ OLHA PARA SI MESMA... UMA GOTA QUE NÃO SABE QUE É OCEANO... 
Amigos são a outra parte do oceano que a gota procura... 
A tua única obrigação durante toda a tua existência
é seres verdadeiro para contigo próprio.
A verdadeira amizade deixa marcas positivas que o tempo jamais poderá apagar. 
A verdadeira amizade é aquela que não pede nada em troca, a não ser a própria amiga. 
A verdadeira generosidade é fazer alguma coisa de bom por alguém
que nunca vai descobrir. 
A verdadeira liberdade é poder tudo sobre si.
Algumas pessoas acham-se cultas porque comparam sua ignorância com as dos outros. 
Amigo de verdade é aquele que transforma um pequeno momento em um grande instante. 
Amigo é a luz que não deixa a vida escurecer. 
Amigo é aquele que conhece todos os seus segredos e mesmo assim gosta de você! 
Amigo é aquele que nos faz sentir melhor e sobre tudo nos faz sentir amados... 
Amigo é aquele que, a cada vez, nos faz entrever
a meta e que percorre conosco um trecho do caminho
Amigos são como flores cada um tem o seu encanto por isso cultive-os. 
Amizade é como música: duas cordas afinadas no mesmo tom, vibram juntas... 
Amizade, palavra que designa vários sentimentos, que não pode ser trocada por meras coisas materiais... Deve ser guardada e conservada no coração!!! 
As pessoas entram em nossas vidas por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem. 
Celebrar a vida é somar amigos, experiências e conquistas,
dando-lhes sempre algum significado. 
Diante de um obstáculo não cruzes os braços, pois o maior
homem do mundo morreu de braços abertos. 
Elogie os amigos em público, critique em particular. 
Errar é humano, perdoar é divino. 
Evitar a felicidade com medo que ela acabe; é o melhor meio de ser infeliz. 
Faça amizade com a bondade das pessoas, nunca com seus bens! 
Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente.

Érico Veríssimo

Boas Lembranças

Na quinta-feira dia 18/11 quando eu fui aplicar a prova do Saresp em uma escola na qual não era a minha, um ambiente diferente acabei de aplicar a prova para os alunos do 7º ano meio sem saber o que fazer,procurando uma sala com internet encontrei a sala dos Professores e estava passando um filme que marcou minha adolescência (Mudança de Hábito) a parte que mas me emocionei claro a melhor música! Happy Day e  joyful joyful. Saudades de quando a minha única preocupação era a escola!
Tudo passa. Não que agora não esteja bom, mas da saudades.







16ª Competição Internacional de Piano Frédéric Chopin



Aos 30 de Setembro  a  23 de outubro,  aconteceu  a 16ª Competição Internacional de Piano Frédéric Chopin a prestigiosa Competição Internacional de Piano Fryderyk Chopin foi vencida por uma mulher. A 1º mulher a ganhar esse concurso a russa Yulianna Avdeeva de 25 anos ganhou uma medalha de ouro, um cheque de 30 mil euros e um convite para se apresentar com a Filarmônica de Nova York.






sábado, 20 de novembro de 2010

Érico Veríssimo

Precisamos dar um sentido humano às nossas construções. E, quando o amor ao dinheiro, ao sucesso nos estiver deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do céu.(Érico Veríssimo)

Foi um dos escritores brasileiros mais populares do século XX, com estilo simples, excelente contador de histórias, uma das grandes expressões da moderna ficção brasileira. Na sua maneira cinematográfica de apresentar as histórias, Érico Veríssimo ampliou o romance, focalizando o homem contemporâneo divorciado da religião, na busca de uma solução nem sempre otimista.



Erico Lopes Verissimo nasceu na cidade Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, em 1905.

Desde novo, demonstrou sua adoração pela literatura, lendo autores brasileiros consagrados como Coelho Neto, Aluísio Azevedo, Joaquim Manoel de Macedo, Afrânio Peixoto e Afonso Arinos, e também autores internacionais como Walter Scott, Tolstoi, Eça de Queirós, Émile Zola e Dostoievski.

Pode-se dizer que sua vida de escritor se iniciou em 1929, com a publicação de um conto seu “Chico: um conto de Natal”, no periódico mensal “Cruz Alta em Revista”. A partir daí, outros escritos de sua autoria são enviados às revistas importantes da época e aos suplementos de jornais.

No ano seguinte, Erico se mudou para Porto Alegre, com a intenção de viver apenas com a literatura. O que realmente dá certo, pois foi contratado como secretário de redação da revista “O globo” e inicia uma brilhante carreira no periódico.

Apenas dois anos depois, em 1932, o autor já era diretor da revista. Além disso, é chamado para trabalhar no departamento editorial da Livraria do Globo, seu trabalho consistia na indicação de livros para serem traduzidos e publicados.

Seu primeiro livro, “Fantoches”, foi uma coletânea de histórias de peças de teatro. Já seu primeiro romance foi o livro “Clarissa”, lançado em 1933.

Após uma temporada nos Estados Unidos, onde deu aula de literatura e história do Brasil no Mills College, de Oakland, Califórnia, retornou para o Brasil em 1945.

O autor também fez traduções de clássicos estrangeiros, publicou livros infantis, criou programas de auditório para crianças e escreveu mais de 30 livros, entre romances, autobiografias, relatos de viagens e ensaios.

APARTHEID ORIGEM

Origem histórica da segregação racial na África do Sul


Para uso de pessoas brancas, diz a placa da época do apartheid.

O termo apartheid significa "separação" ou "identidade separada". Serviu para designar o regime político da África do Sul que, durante décadas, impôs a dominação da minoria branca (ou aristocracia branca) sobre grupos pertencentes a outras etnias, compostos em sua maioria por negros.
O apartheid não deve ser interpretado como simples "racismo", pois ele foi um sistema constitucional de segregação racial que abrangeu as esferas social, econômica e política da nação sul-africana estabelecendo critérios para diferenciar os grupos.

A origem histórica do apartheid é bem antiga e remonta ao período da colonização da África do Sul. Os primeiros colonizadores bôeres (também denominados de afrikaner) compunham-se de grupos sociais europeus que vieram da Holanda, França e Alemanha e se estabeleceram no país nos séculos 17 e 18.

Ideologia nacionalista

Esses colonizadores dizimaram as populações autóctones (grupos tribais indígenas) e tomaram suas terras. Os líderes afrikaners manipularam e converteram um preceito religioso cristão, que a princípio estabelecia a segregação como uma forma de defender e preservar as populações tribais da influência dos brancos, em uma ideologia nacionalista que pregava a desigualdade e separação racial.

Os afrikaners se consideravam a verdadeira e autêntica nação (ou volk, que em alemão significa povo). A cor e as características raciais determinaram o domínio da população branca sobre os demais grupos sociais e a imposição de uma estrutura de classe baseada no trabalho escravo.

Política racial

Nas regiões dominadas por eles estabeleceu-se uma política racial que diferenciou os europeus (população branca) dos africanos (que incluía todos os nativos não-brancos, também conhecidos por bantus). Até mesmo aqueles grupos sociais compostos por imigrantes asiáticos, em particular indianos, sofreram com a política de discriminação racial.

Seria engano supor que a expansão do domínio dos afrikaners sobre a população não-branca da África do Sul foi um processo livre de conflitos. Pelo contrário, houve muitas guerras com as populações tribais que ofereceram resistência aos brancos, entre elas as tribos xhosa, zulu e shoto.

No início do século 20, a África do Sul atravessou um intenso processo de modernização que intensificou os conflitos entre brancos e não-brancos. Não obstante, a minoria branca soube explorar os conflitos intertribais que afloravam entre os diferentes grupos étnicos e isso de certo modo facilitou a avanço e domínio dos afrikaners.

Auge e declínio do regime do Apartheid sul-africano

O apartheid foi estabelecido oficialmente na África do Sul em 1948 pelo Nationalist Party (Partido dos Nacionalistas) que ascendeu ao poder e bloqueou a política integracionista que vinha sendo praticada pelo governo central.

O Nationalist Party representava os interesses das elites brancas, especificamente da minoria boere. Após 1948, o sistema de segregação racial atingiu o auge. Foram abolidos definitivamente alguns direitos políticos e sociais que ainda existiam em algumas províncias sul-africanas.

As diferenças raciais foram juridicamente codificadas de modo a classificar a população de acordo com o grupo social a que pertenciam. A segregação assumiu enorme extensão permeando todos os espaços e relações sociais. Os casamentos entre brancos e negros foram proibidos.

Os negros não podiam ocupar o mesmo transporte coletivo usado pelos brancos, não podiam residir no mesmo bairro e nem realizar o mesmo trabalho, entre outras restrições. Os brancos passaram a controlar cerca de 87% do território do país, o que sobrava se compunha de territórios independentes, mas paupérrimos, deixados aos grupos sociais não-brancos.

Declínio do apartheid

O apartheid é o único caso histórico de um sistema onde a segregação racial assumiu uma dimensão institucional. Essa situação permite definir o governo sul-africano como uma ditadura da raça branca.

Na década de 1970, o governo da África do Sul tentou em vão encontrar fórmulas que pudessem assegurar certa legitimidade internacional. Porém, tanto a ONU (Organização das Nações Unidas) como a Organização da Unidade Africana, votaram inúmeras resoluções condenando o regime.

No transcurso dos anos 70, a África do Sul presenciou inúmeras e violentas revoltas sociais promovidas pela maioria negra, mas duramente reprimidas pela elite branca. Sob o governo de linha dura, liderado por Peter. W. Botha (1985-1988), tentou-se eliminar os opositores brancos ao governo e as revoltas raciais foram duramente reprimidas.

Nelson Mandela.
Porém, as revoltas sociais se intensificaram bem como as pressões internacionais. Em 1989, Frederic. W. de Klerk, assumiu a presidência. Em 1990, o novo presidente conduz o regime sul-africano a uma mudança que põe fim ao apartheid. Neste mesmo ano, o líder negro Nelson Mandela, que desde 1964 cumpria pena de prisão perpétua, é posto em liberdade. Nas primeiras eleições livres, ocorridas em 1993, Mandela é eleito presidente da África do Sul e governa de 1994 a 1999.

ENEM 2010

Por que a mídia brasileira espalhou pânico entre os estudantes por causa do ENEM - com o apoio de políticos conservadores - se 99,9% das provas estavam corretas? Eis o motivo...


Hino da Proclamação da República




Letra: Medeiros e Albuquerque
Música: Leopoldo Augusto Miguez

Seja um pálio de luz desdobrado.
Sob a larga amplidão destes céus
Este canto rebel que o passado
Vem remir dos mais torpes labéus!
Seja um hino de glória que fale
De esperança, de um novo porvir!
Com visões de triunfos embale
Quem por ele lutando surgir!
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Nós nem cremos que escravos outrora
Tenha havido em tão nobre País...
Hoje o rubro lampejo da aurora
Acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais! Ao futuro
Saberemos, unidos, levar
Nosso augusto estandarte que, puro,
Brilha, avante, da Pátria no altar!

Liberdade! Liberdade!
Se é mister que de peitos valentes
Haja sangue em nosso pendão,
Sangue vivo do herói Tiradentes
Batizou este audaz pavilhão!
Mensageiros de paz, paz queremos,
É de amor nossa força e poder
Mas da guerra nos transes supremos
Heis de ver-nos lutar e vencer!
Liberdade! Liberdade!

Do Ipiranga é preciso que o brado
Seja um grito soberbo de fé!
O Brasil já surgiu libertado,
Sobre as púrpuras régias de pé.
Eia, pois, brasileiros avante!
Verdes louros colhamos louçãos!
Seja o nosso País triunfante,
Livre terra de livres irmãos!

Liberdade! Liberdade!

Retirado do Livro Hinos e Canções Militares, Edição de 1976.

Consciência Negra

Dia 20 comemora-se o Dia da Consciência Negra! Este é um dia dedicado à reflexão sobre a integração do negro na sociedade brasileira. Você sabe por que se comemora o Dia da Consciência Negra no dia 20 de novembro? É porque foi nessa data que morreu Zumbi dos Palmares, escravo que lutou contra a escravidão no Brasil.


Poeta Solano Trindade

No Dia da Consciência Negra, é preciso repudiar a História do Brasil como um suceder de arranjos, combinações, "jeitinhos" em que o conflito nunca aparece ou, se vem à tona, é considerado como "coisa externa à nossa gente".

Ao incluir o Dia da Consciência Negra no calendário escolar, a lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003, não propiciou apenas um resgate da história dos povos negros. Foi bem além. Ensejou a necessidade de um novo olhar sobre culturas que, ao contrário da postulação ocidental, não colocam a questão da Verdade, de conteúdos absolutos e inarredáveis, de essências escondidas atrás de formas ou aparências. Sua riqueza é de outra ordem. E talvez este seja o significado mais profundo do dia 20 de novembro: memória e resistência como possibilidades históricas.

Para os que estudam a cultura afro-brasileira, é importante registrar a dinâmica de suas origens. Nelas, observamos uma espécie de culto da forma pela forma, algo como a valorização das dimensões plásticas. Seus mitos, rituais, danças, jogos e orações não remetem a quaisquer referências que lhes sejam exteriores, não expressam "outra coisa", não são aparências de uma essência. Portanto não podem ser “decifrados”, “interpretados" ou "descobertos", como ainda pretendem algumas de nossas teorias da cultura, herdeiras do ranço etnocêntrico do velho colonizador.

É o que apreciamos na aparentemente inconciliável visão de mundo que parece existir em alguns poetas negros, como Solano Trindade (1908-1974). Em versos como "A minha bandeira/ É da cor de sangue/ Olurun Eke/ Da cor da revolução/ Olurun Eke", há uma estranheza que parece apontar para ausência de sentido lógico. Pura ilusão. O que lemos são instantes culturais, sínteses de uma vida vivida, de um artista ao sentir a realidade trágica do que é ser negro, também no Brasil.

Na verdade, do ponto de vista dos afro-descendentes, as expressões artísticas são mais para serem percebidas sensorialmente, vistas com a Alma, do que para serem "entendidas". Existe, portanto, uma defasagem entre aquilo que se quer dizer de um lado, e o que se consegue transmitir na realidade. É exatamente neste espaço que o negro brasileiro consegue criar as coisas mais bonitas de sua produção simbólica e de maior valor para sua negritude.

Ser negro no Brasil de 2010 é, culturalmente, assumir a Alma Popular: é pensar a partir do ponto de vista do povo. É, sobretudo, estabelecer sintonia ideológica com as classes sociais que foram exploradas durante nossos 510 anos de história. O grande saque que se iniciou com a invasão portuguesa, por causa do pau-brasil, continuou e prosperou até depois da Independência, sempre a beneficiar os brancos. Consolidou-se com a Abolição/Proclamação da República, e continua até os nossos dias.

No terceiro milênio, da perspectiva do negro, a paz, objetivo perseguido por toda a espécie humana, passa necessariamente pela resolução dos problemas que o grande saque, ocidental e cristão, criou para a negritude. No Dia da Consciência Negra, é preciso repudiar a História do Brasil como um suceder de arranjos, combinações, "jeitinhos" em que o conflito nunca aparece ou, se vem à tona, é considerado como "coisa externa à nossa gente".

O processo de desestruturação do mito da “democracia racial” no campo teórico tem avançado muito nos últimos anos. Já no terreno social e da luta política, apesar das políticas públicas implementadas recentemente, o atraso ainda é considerável. Por isso, é necessário resgatar a memória histórica dos negros, em todos os tempos e sentidos. Olurun  Eke, para que a República seja proclamada em definitivo.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Vigiar e Punir



Vigiar e Punir, O Panóptico de Michel Foucault

       A punição e a vigilância são poderes destinados a educar (adestrar) as pessoas para que essas cumpram normas, leis e exercícios de acordo com a vontade de quem detêm o poder. A vigilância é uma maneira de se observar a pessoa, se esta está realmente cumprindo com todos seus deveres – é um poder que atinge os corpos dos indivíduos, seus gestos, seus discursos, suas atividades, sua aprendizagem, sua vida cotidiana. A vigilância tem como função evitar que algo contrário ao poder aconteça e busca regulamentar a vida das pessoas, para que estas exerçam suas atividades. Já a punição é o meio encontrado pelo poder para tentar corrigir as pessoas que infligem as regras ditadas pelo poder, e ela também é o meio ilidir que essas pessoas cometam condutas puníveis (através da punição as pessoas terão receio de cometer algo contrário às normas do poder). A vigilância e a punição podem ser encontradas em várias entidades estatais, como hospitais, prisões e escolas. Foi criado até um sistema chamado panóptico para facilitar essa vigilância. Nesse sistema haveria uma torre central a qual avistaria, vigiaria todos de uma só vez que estão a sua volta, já que essa estrutura à volta da torre central era circular. “O panóptico de Jeremy Bentham é uma composição arquitetônica de cunho coercitivo e disciplinatório: possui o formato de um anel onde fica a construção à periferia, dividida em celas, tendo ao centro uma torre com duas vastas janelas que se abrem ao seu interior e outra única para o exterior permitindo que a luz atravesse a cela de lado...” (Michel Foucault - Micro-Física do Poder) A relação entre vigiar e punir está no fato de que com ela seria possível “adestrar” as pessoas para que estas exercessem suas tarefas como bons cidadãos, evitar o máximo que as pessoas infringissem as normas estabelecidas pelo poder, estas idéias podem ser retiradas do livro “VIGIAR E PUNIR”. Segundo Foucault, para a economia do poder seria mais rentável e mais eficaz vigiar do que punir. Isso pode ser facilmente observado se pegarmos o panoptismo como exemplo, pois é muito mais barato vigiarmos as pessoas para que estas não infrinjam as leis, do que posteriormente puni-las, pois na punição terá que ser gasto muito dinheiro para que a pessoa que infringiu a lei seja resociabilizada (reeducada). Além disso, com o sistema panóptico, a vigilância fica ainda mais fácil, já que é possível vigiar várias pessoas ao mesmo tempo, e a punição, para que esta  alcance mesmo seu objetivo, ela tem que ser aplicada de maneira individual – pois cada um tem uma maneira diferente de ser reeducado e resociabilizado. Ainda podemos dizer que a vigilância ganhou espaço na economia do poder, pois é muito mais fácil vigiar as pessoas para ver se estas estão mesmo cumprindo suas funções, e com o panoptismo isso fica ainda mais fácil principalmente nas entidades como nos hospitais e nas escolas, do que vir a puni-las caso cometam algum erro. 

Tropa de Elite



No filme “Tropa de elite 2”, seu diretor, José Padilha, se redime dos “pecados ideológicos” despretensiosamente cometidos no primeiro. Enquanto este demonstra forte intenção maniqueísta e tendência manipuladora, jogando “mocinhos” contra “bandidos” numa caricatura de “bang-bang” ao melhor estilo, Tropa de Elite 2, desde o início da trama, transpira maturidade política, conhecimento de causa cinematográfica e uma aproximação fiel à realidade existente nas favelas da cidade do Rio de Janeiro e, por extensão do sistema, do Brasil inteiro.
Em Tropa de Elite 2, o panóptico computadorizado faz a vigilância carcerária de Bangu I com a suposição inicial de que ele serve para “adestrar as pessoas, por meio da docilização dos corpos que estão submetidos a penas judiciais, a fim de que elas cumpram todos os seus deveres perante a lei”. (MICHEL FOUCAULT) Contudo, de uma forma velada, no filme, o panóptico serve mais do que para vigiar os presidiários, ou seja, serve para puni-los, serve para deixar acontecer ao sabor da observação dos vigilantes um prejuízo traiçoeiro e irreparável aos direitos humanos dos detentos e abalar a confiança nessa instituição
O diretor conseguiu abordar essas e outras questões com a notoriedade de um cientista político, uma vez que focalizou a lógica do sistema e a exibiu com propriedade, considerando tanto o lado podre deste quanto o que nos está disponível através das fendas que o próprio sistema produz, a fim de que tomemos partido delas em favor dos excluídos.

Historia da Arte em 2 minutos

Preparando as aulas de amanhã achei um vídeo de 2 minutos sobre a História da Arte!!


Escolhas de Dilma

Superfaturamento

A inflação já está disparando.
Essa lorota do governo, de querer culpar os EUA, é para encontrar um bode expiatório para seus fracassos.
Se há o perigo da invasão de dólares no Brasil para especulação é porque o desgoverno mantém a política de juros elevadíssimos que, além de garantir o lucro das instituições financeiras, atrai especuladores estrangeiros que devolvem elogios equivalentes a presente de grego – é um cavalo de troia, porque invadem nosso território para faturar às nossas custas e o noticiário, que nada esclarece, passa a impressão para o povão de que o governo é um sucesso e de que os estrangeiros nos prestigiam.
NÃO É NADA DISSO – ELES NOS EXPLORAM.

Tiririca sabe ou não sabe ler???



O deputado federal eleito Tiririca conseguiu escrever o ditado a que foi submetido hoje em processo que corre na Justiça Eleitoral de São Paulo. Ele também conseguiu ler em voz alta as manchetes de jornais que foram apresentadas a ele.A frase ditada foi extraída aleatoriamente de um livro da Justiça Eleitoral. Para ser candidato no Brasil uma pessoa tem que ser alfabetizada e o Ministério Público levantou a suspeita de que ele não seria alfabetizado. Segundo o presidente do tribunal, Walter de Almeida Guilherme “não se pode afirmar se ele sabe ler ou escrever” a partir do teste feito. A decisão caberá ao juiz Aloízio Silveira, da primeira zona eleitoral.

ENEM 2010

O ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu nesta terça-feira a realização de mais de uma prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) por ano. Ele participa de uma audiência no Senado sobre as falhas do exame neste ano.Adiantou que o Governo anunciará dentro de uma semana a data para realização de novas provas .O questionei sobre a hipótese de indenização aos estudantes prejudicados. Respondeu tratar-se de um bom debate, mas não se posicionou. Sobre a responsabilização pelos erros , não foi claro. Enfatizou que as investigações estão em curso.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Dilma


Quando a então Ministra-Chefe da Casa Civil Dilma Roussef, começou aquela completa transformação, dando um "tapa no topete", usando de lentes de contato, fazendo lifting facial e outras cirurgias plásticas, e aplicando botox e preenchimento facial como nunca antes, entre os anos de 2008 e 2009, toda a imprensa já tinha certeza de que ela flertava com uma provável candidatura à presidência da República; porém, sempre que indagada sobre o futuro de sua carreira política, Dilma fazia questão de negar que houvesse qualquer indício de pré-candidatura.
 Alguns críticos mais ousados diziam que a "mutação" de Dona Dilma vislumbrava angariar um novo namorado! A verdade é que a ministra, que sempre foi cheia de marra, passou a forçar o sorriso em toda e qualquer situação, como nunca havia feito, mostrando assim a nova face de uma postura minunciosamente ordenada por uma equipe poderosa de marqueteiros capazes de transformar a mais hostil das figuras, em uma Miss Simpatia dissimulada, que tergiversa, foge da verdade e transforma fatos em boatos e vice-versa, sempre que lhe convém!
 Chegou 2010 e a certeza de que Dilma seria a representante do PT na corrida presidencial era absoluta, o que ninguém esperava era que a poderosa máquina marqueteira, usaria de formas tão sórdidas e abusivas seu poder de situação para mentir "como nunca antes na história desse país". Convertendo o presidente e seus ministros em cabos eleitorais com 'fome de voto' e tratando opositores como inimigos.
 Com tudo isso, conseguiram transformar a mulher que dizia que não tinha religião e que só rezava em situações de risco, em uma católica fervorosa que beija a santa em missa, e a mulher que dizia achar um absurdo que no século 21 não houvesse descriminalização do aborto, em outra que considera o aborto um crime; caberia um livro se fossemos pautar todas as vezes que a campanha petista foi tomada pelo clima de "disse-me-disse", transformando a verdade em mentira, ou a mentira em verdade, com o intuito exclusivo de ludibriar aqueles que tem menos acesso à informação.
 O fato é que Dilma tem que voltar ao óssio e deixar de ser o que vem sendo até agora, a sombra de Lula, afinal de contas o povo já está de "saco cheio" de pessoas que usufruem de todas as formas de tirar dinheiro do caixa federal, caixa este que sangra cada dia mais de tanto morcego que o ronda. Uma prova disso foram os 44% de votos válidos, de pessoas que através de José Serra disseram em alto e bom som: Não ao projeto lulista! e que deixou a petista com apenas 56%, muitas léguas distante da tal aprovação de 84% do governo, o que não deixa dúvidas de que essa pseudo-aprovação foi a maior mentira criada no ano de 2010.
 Enfim, o ano de 2011 já vai começar, e mais do que nunca vamos ficar de olhos bem abertos, porque a fornada de pizza que antes era entregue diretamente nos porões da Casa Civil, já tá pronta para ser saboreada no Palácio dos Despachos, agora sob a tutela de Tia Dilma!

Dilma e seus problemas


Erenice Guerra, auxiliar, amiga e sucessora de Dilma na Casa Civil, foi protagonista do escândalo que levou a eleição para o segundo turno. Na equipe de transição da presidente eleita a descoberta de uma senhora envolvida no esquema dos sanguessugas provocou a primeira baixa. Agora, nova descoberta da Folha de S.Paulo pode obrigar Dilma a mudar de planos em relação à composição do seu ministério. “A empresa do marido de Maria das Graças Foster, nome forte para o primeiro escalão do governo Dilma Rousseff, multiplicou os contratos com a Petrobras a partir de 2007, ano em que a engenheira ganhou cargo de direção na estatal. Nos últimos três anos, a C.Foster, de propriedade de Colin Vaughan Foster, assinou 42 contratos, sendo 20 sem licitação, para  fornecer componentes eletrônicos para áreas de tecnologia, exploração e produção a diferentes unidades da estatal. Entre 2005 e 2007, apenas um processo de compra (sem licitação) havia sido feito com a empresa do marido de Graça, segundo a Petrobras”.