domingo, 28 de agosto de 2011

Domingo e Minhas Leituras...



Domingos são dias de leituras,  preparar aulas, corrigir provas e atividades, namorar. Dias de descanso. Vésperas de trabalho. Em nada se comparam com a Sexta-feira, véspera de descanso e promessa de prazeres, ou mesmo com o Sábado, dia do Senhor,  esse dia tão gostoso no convívio de amigos e família, mas  que se esconde atrás do capote do Domingo. Mas é ao Domingo que pertence a honra de iniciar uma nova semana, de traçar essa linha sempre fina e bamboleante entre o antes e o depois. É  pois ao Domingo que dedico mais uma excelente rubrica deste blog.

Deixar para trás o berço cultural e mergulhar na profundidade  de outras Histórias, faz-me sempre questionar coisas que antes pareciam óbvias. Faz-me parar e pensar porquê.  Hoje  larguei minha leitura recomendada  por meus alunos e professores “A garota da Capa Vermelha”. E “O Trinfo da Música”  reli avidamente o célebre livro  “O Príncipe”
 escrita de 1513 a 1516, foi publicada postumamente, em 1532.A obra reflete seus conhecimentos da arte política dos antigos, bem como dos estadistas de seu tempo, e expressa claramente a mentalidade da época. Formulando uma série de conselhos ao príncipe, o autor expôs uma norma de ação autoritária, no interesse do Estado. Deste modo, Maquiavel ilustrou a política renascentista de constituição de Estados fortes, com a superação da fragmentação do poder, que caracterizara a idade média.

Um trecho que me chamou muita atenção:
Nada faz estimar tanto um príncipe como as grandes empresas e o dar de si raros exemplos. Temos, nos nossos tempos, Fernando de Aragão, atual rei de Espanha. A este pode-se chamar, quase, príncipe novo, porque de um rei fraco tornou-se, por fama e por glória, o primeiro rei dos cristãos; e, se considerardes suas ações, as achareis todas grandiosas e algumas mesmo extraordinárias. No começo de seu reinado, assaltou Granada e esse empreendimento foi o fundamento de seu Estado. Primeiro ele o fez isoladamente, sem luta com outros Estados e sem receio de ser impedido de tal; manteve ocupadas nesse empreendimento as atenções dos barões de Castela que, pensando na guerra, não cogitavam de inovações e ele, por esse meio, adquiria reputação e autoridade sobre os mesmos sem que de tal se apercebessem. Pode manter exércitos com dinheiro da Igreja e do povo e, com tão longa campanha, estabeleceu a organização de sua milícia que, depois, tanto o honrou. Além disto, para poder encetar maiores empreendimentos, servindo-se sempre da religião, dedicou-se a uma piedosa crueldade expulsando e livrando seu reino dos marranos, ação de que não pode haver exemplo mais miserável nem mais raro. Sob essa mesma capa, atacou a África, fez a campanha da Itália e, ultimamente, assaltou a França; assim, sempre fez e urdiu grandes empreendimentos, os quais em todo o tempo mantiveram suspensos e admirados os ânimos dos súditos, ocupados em esperar o êxito dessas guerras. Essas suas ações nasceram umas das outras, pelo que, entre elas, não houve tempo para que os homens pudessem agir contra ele.

To quase acabando momentos finais... até que o sono me tome!
Boa Semana!

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