segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

127 HORAS



O que seria um passeio pelo cânion Blue John para um alpinista experiente que estava acostumado com complexas escaladas nos altos picos do Colorado no auge do seu inverno? Não seria nada complicado, né? Pelo contrário, seria uma forma de relaxar e descansar um pouco das aventuras perigosas.


Tudo anda muito bem para Aron naquela tarde quente de sábado. Depois de já ter trilhado uma longa estrada, ele acabou achando duas garotas simpáticas, as quais foram suas companheiras por um determinado tempo em seu itinerário pelo cânion. Logo que elas partiram, Aron avançou seu passeio.  Ele estava bem afastado de onde havia deixado seu carro e bicicleta, e no momento que passava por uma profunda e estreita fenda do cânion, algo totalmente extraordinário  acontece: Uma rocha de quase meia tonelada cai sobre sua mão direita e pulso, deixando-o preso naquele meio deserto.      
             
Aron estava diante de uma circunstância completamente difícil   e assustadora. Além de não ter comunicado ninguém para onde ia, ele contava com pouca comida e água, não tinha ao menos uma jaqueta para enfrentar as noites geladas. A aflição começou a ocupar seus pensamentos, pois se não conseguisse se soltar, ele poderia morrer, tanto por desidratação, quanto por afogamento em uma possível inundação, já que ele estava bem abaixo do nível do solo, mas precisamente a 30 metros.

Os dias iam se passando, e já quase sem esperança de ser achado ou de escapar daquela situação, Aron começa a usar sua câmera de vídeo, gravando mensagens de despedida para seus familiares e amigos, agradecendo todos os dias cheios de aventuras que ele pôde usufruir  ao decorrer de sua vida, com a ideia de que mais cedo ou mais tarde, aquela gravação fosse encontrada por alguém. Felizmente, na manhã da quinta-feira, Aron sentiu em seu coração uma oportunidade  de salvar a sua vida. É a partir desse instante, que ele resolve  afrontar seus medos e angustias, através de um ato corajoso em nome da sua sobrevivência.

Ao ler o Livro fica difícil de expressar tudo aquilo que eu senti. Eu me envolvi completamente com a história, como se eu estivesse encarando todos os momentos difíceis e alucinados  ao lado de Aron.  As horas passando, os dias, e ele quase sem meios para escapar. Foi penoso e ao mesmo tempo comovente acompanhar todos os apuros . Em alguns instantes da leitura, eu comecei a pensar alto: “Vai  Aron, não desista”, Fique seguro, logo você terá uma saída e conseguirá sair dessa.”

Apesar dele estar em uma das piores circunstância  que um ser humano poderia se achar, ele mantém o bom humor para não perder a cabeça. Além disso, ao fluir do seu relato, o leitor é levado às lembranças de sua infância, e claro, até as suas grandes aventuras onde começou a se ousar pelo mundo do alpinismo.  Em alguns instantes  eu me sentia muito triste e aflito, em outros eu me acabava em risos, tudo dependendo do estado de espírito de Aron.

A narração em primeira pessoa é ótima, bem minuciosa, e apesar de ter muita coisa técnica relacionada a equipamentos de alpinismo,  não me senti perdido. Consegui imaginar todos os lugares e cenários com muita exatidão.

Eu me simpatizei muito a Aron, e o admirei mais ainda. A sua força de vontade, a sua luta e seu arbitramento me fizeram pensar e refletir muito. É uma grande lição de vida que vou levar para sempre comigo.  Um livro maravilhoso que me fez chorar, sorrir, vibrar e valorizar mais ainda meus familiares e amigos. Indico sem medo a todos  aqueles que apreciam uma marcante e sensacional história real.

Demorei uns 9 meses para ler mas, agora no começo das férias assistir ao filme. Realmente muito  emocionante não tão quanto o livro mas extremamente bom. Olhem o trailer: 


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