segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Che Guevara

Che Guevara
Nasce Ernesto Guevara de La Serna, o menino asmático, o jovem despreocupado, o leitor ávido e aprendiz nato. O frio, a fome, a sede, eram apenas conseqüências, o  que valia era a descoberta, o sacrifício para ver o máximo que a natureza podia oferecer.

Nasce o  sentimento, não reconhecido de imediato, a injustiça contra o proletariado latino americano visto a olho nu pelo jovem Ernesto, a exploração tanto da terra como das carnes do povo latino, faz sonhador descobrir que tem uma missão e parte em busca de respostas.

Nasce o  médico parte em busca do que não vê, não entende, mas sabe que é preciso ir. Vê a revolução nua e crua, mas ainda é um feto, não tem forças, apenas assisti, algumas vezes com deleite, outras com indignação, mas é ali que reconhece a face do inimigo, não sabe como lutar, mas sabe contra quem lutar imperialismo.

Nasce o  revolucionário, implacável, insensível, justo e disciplinado, parece encontrar o caminho, não esta mais sozinho. Força, coragem, determinação, é a revolução, o ápice, vitória, é a semente lançada em solo fértil, sua missão cumprida, mas verdadeiro revolucionário é aquele que vai além, onde ninguém ousou.

Nasce o guerrilheiro, incansável, convicto, que doa seu sangue sem pedir nadas em troca, que entrega os pulmões asmáticos a revolução, buscando um amanha justo e igualitário. Deixa sua marca na frente dos protestos, no peito do rebelde, na esperança do amanhã, na vontade de quem não ousa. Cercado, morto, enterrado..




Em 8 de outubro cumpre-se o quadragésimo terceiro aniversário do assassinato de Che Guevara pelo exército boliviano. Após sua prisão, em 8 de outubro de 1967, foi executado friamente, por ordens da CIA. Seria ''muito perigoso'' mantê-lo vivo, pois poderia gerar ainda mais revoltas populares em todo o continente.

Decididamente, a contribuição de Che, por suas idéias e exemplo, não se resume a teses de estratégias militares ou de tomada de poder político. Nem devemos vê-lo como um super-homem que defendia todos os injustiçados e tampouco exorcizá-lo, reduzindo-o a um mito.

Analisando sua obra falada, escrita e vivida, podemos identificar em toda a trajetória um profundo humanismo. O ser humano era o centro de todas as suas preocupações. Isso pode-se ver no jovem Che, retratado de forma brilhante por Walter Salles no filme Diários de Motocicleta, até seus últimos dias nas montanhas da Bolívia, com o cuidado que tinha com seus companheiros de guerrilha.

A indignação contra qualquer injustiça social, em qualquer parte do mundo, escreveu ele a uma parente distante, seria o que mais o motivava a lutar. O espírito de sacrifício, não medindo esforços em quaisquer circunstâncias, não se resumiu às ações militares, mas também e sobre tudo no exemplo prático. Mesmo como ministro de Estado, dirigente da Revolução Cubana, fazia trabalho solidário na construção de moradias populares, no corte da cana, como um cidadão comum.





Se  queremos expressar como aspiramos que sejam os homens das futuras gerações, devemos dizer: que sejam como Che! Se queremos dizer como desejamos que nossos filhos sejam educados, devemos dizer sem hesitar: queremos que se eduquem no espírito de Che! Se  queremos um modelo de homem do futuro, de coração digo que esse modelo, sem uma só mancha em sua conduta, sem uma só mancha em sua atitudes, sem uma só mancha em sua atuação, esse modelo é Che! Se queremos expressar como desejamos que sejam nossos filhos, devemos dizer com todo o coração de veementes revolucionários: queremos que sejam como Che!





Nenhum comentário:

Postar um comentário