domingo, 26 de dezembro de 2010

Diários de Motocicleta.


Férias e assim segunda e terça chegando em casa sempre tarde Ligo a TV e na 2º feira assisto O Ano em que meus Pais saíra de Férias, já comentando no aqui e na  3º feira  assisto Diários de Motocicleta sensacional! Não sei se estou mais empolgado pelo fato do filme tratar da juventude de tão nobre revolucionário, odiado por uns e amado por outros, ou se pelo fato de Walter Salles ter conseguido realizar um excelente trabalho de direção, aliado a um ótimo roteiro e a belas interpretações. O filme é um retrato engraçado e extremamente humano da viagem realizada por Che Guevara, na época Ernesto Guevara de la Serna, e seu amigo Alberto Granado pela América do Sul a bordo de uma moto. As locações, divididas entre Argentina, Chile e Peru, são belissímas tendo seu auge com a chegada dos dois aventureiros a Machu Pichu. A despeito de todos os problemas que uma viagem deste tipo pode ter, e eles acontecem aos montes e são a parte mais divertida da estória, o foco do filme se volta para o sentimento que começa a surgir em Che Guevara e seu amigo Granado a respeito das injustiças e diferenças sociais que assolam a América desde o tempo dos Incas (e dos inca-pazes). O filme é perfeito ao mostrar como se montou a base que fez de Che Guevara o ícone da Revolução Cubana e de onde vieram os fundamentos que fizeram dele um árduo defensor de uma América unida. Mesmo que o próprio Che Guevara tenha iniciado seu diário dizendo que aqueles relatos não se tratavam de uma aventura fantástica, por nossa sorte, ele estava enganado. O realismo do filme é quase documental, talvez por se basear em um diário, e é impossível não sair do cinema emocionado com a colônia de leprosos, com o relato dos índios e querendo ser, também, um revolucionário.


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