Cleo

Sinopse: Helen estava na casa de uma amiga quando recebeu a notícia: Sam tinha acabado de morrer. Ainda pensou que Sam fosse um familiar qualquer distante, mas não, era mesmo o seu Sam, o seu filho mais velho: morreu atropelado, à frente do irmão mais novo. O mundo de Helen começou a ruir. Noites sem dormir, pensamentos suicidas, uma depressão profunda. Enquanto, à sua volta, a família se deixava levar pelo desespero, pelas discussões, pela tristeza infinita de perder um ente querido. Até que um dia bateram à porta. Era uma vizinha, trazia no colo um gato ainda bebê. Helen já nem se lembrava. Um mês antes tinha ido com os filhos ver uma ninhada, e prometera a Sam que lhe daria um dos gatinhos. E ali estava ele, uma impertinente bola de pêlo preto. O seu primeiro impulso foi rejeitar de imediato aquele pequeno intruso. Mas então viu Rob, o seu outro filho, a acariciar o bichano. E pela primeira vez em muito tempo, viu-o sorrir… Cleo tinha chegado a casa. E aos poucos começaria a devolver àquela família a alegria de viver.

Passei na Livraria Cultura com minha namorada quando observo  a capa do Livro Cleo, já tinha visto mas não tinha ele em Português não exitei e comprei  logo ele já entrou na Lista dos que seriam lido nas férias. Que belo enredo, pois a história de uma linda gatinha preta que ajuda a trazer a alegria de volta à uma família após uma catástrofe é algo que eu não poderia perder. Pois sou gateiro e como bom gateiro não iria perder uma história dessas.

Helen Brown é uma jornalista neozelandesa e "Cleo" nada mais é do que a história de sua vida, sempre baseada nos ensinamentos diários da gatinha.

Helen tinha dois filhos, Rob e Sam, este último era um amante de animais,  e implorou para que sua  mãe lhe desse uma gatinha, a qual eles foram escolher e ele deu o nome de Cleo. Acontece que a gatinha ainda era muito bebê e necessitava desmamar, então ainda demoraria uns dois meses para eles poderem levar a gatinha para casa. Nesse meio tempo ocorre o inconsiderado: Sam morre atropelado. Um mês após a precoce morte de Sam aos nove anos, a gatinha que ele tanto havia pedido chega, e com sua graça e alegria de um filhote consegue tirar o primeiro sorriso de Rob - irmão caçula de Sam - após a morte do irmão.

Diante dessa situação e apesar de relutar, Helen não teve outra opção senão concorda com a presença da gata em seu Lar.

"Amar é, no final das contas, perder. O contrato tácito que chega junto com qualquer bicho de estimação é que eles provavelmente morrerão antes de você. E quanto mais você é dedicado a eles, mais dor a partida inflingirá. Abrir meu coração para Cleo seria como colocar um órgão já avariado numa pista de aeroporto e convidar os aviões a pousarem sobre ele".

Após Cleo chegar no Lar de Hellen  tudo muda na vida da família. A pequena gatinha traz lições freqüentes  de amor, amizade, carinho, alegria, elegância e  determinação,  e espelhados no comportamento de Cleo, a família inicia sua jornada no caminho da recuperação, buscando reerguer-se novamente após a catástrofe.

"[...] Depois de terem beneficiado nossa saúde física e emocional por milhares de anos, eles merecem ser reconhecidos. Os egípcios é que estavam certos: um gato é um ser sagrado."

A conexão de Rob com Cleo é admirável. O menino começa a sonhar com a gata e até conversar com ela. A conexão entre eles faz com que sua vida se transforme completamente, apesar da grande tristeza que sempre levará em seu coração pela morte do irmão, Cleo ajuda Rob a encontrar a si mesmo e ser feliz.

Os ensinamentos transmitidos por Cleo são tão bons e ao mesmo tempo tão verdadeiros que me fez pensar em quantas lições diárias nos podemos aprender com nossos gatinhos, como por vezes, nós, humanos, acabamos por dar tamanho mérito a coisas tão pequenas e acabamos por deixar de ver outras coisas que nos estavam tão próximas. Quantas amizades fazemos por causa dos nossos gatos? Quanto de nossa atitude para com a vida muda após termos um gato?

"Cleo presidiu sobre nossa família por quase vinte e quatro anos. Ela nos ajudou a curar mágoas que eu achava que nunca iríamos nos recuperar".

Tenho a  certeza que todos os gateiros  sabem o quanto nossos gatinhos são sábios e aprendemos  com eles diariamente. Sabem que nos nossos piores momentos eles estão ali, sempre prontos para ronronar em nosso colo ou fazer alguma graça para nos divertir, bem como nos nossos melhores momentos, eles sabem celebrar conosco.

Porém, para aqueles menos gateiros que acabaram passando por aqui podem estar se perguntando como uma simples gatinha preta pode ser tão significativa a ponto de ajudar uma família a reconstruir sua vida. Se você está pensando exatamente isso, este livro é para você, que talvez não seja uma pessoa muito chegada à gatos, mas garanto que ao terminar de ler a última palavra deste livro, a vontade de adotar um gatinho será inelutável.

Leiam eu recomendo!!