Dentro do Role Cultural que fiz com minha namorada na 3º feira fomos também ao Museu da Língua Portuguesa na Exposição "O Culpado de Tudo" de Oswald de Andrade.
A frase “Direito de ser traduzido, reproduzido e deformado em todas as línguas”, escrita pelo escritor Oswald de Andrade em 1933, no verso da folha de rosto da edição original de “Serafim Ponte Grande”, foi o ponto de partida dos idealizadores da exposição “Oswald de Andrade: o culpado de tudo”. A mostra fica em cartaz até o dia 30 de janeiro de 2012 e tem entrada Catraca Livre aos sábados.
Na mostra, o público tem a oportunidade de conhecer um dos criadores da Semana de Arte Moderna. A curadoria é de José Miguel Wisnik, com a curadoria-adjunta de Cacá Machado e Vadim Nikitin, e consultoria de Carlos Augusto Calil e Jorge Schwartz. O projeto expográfico é de Pedro Mendes da Rocha.
A exposição contempla três dimensões de leitura: poética, Histórico-biográfica e filosófica. Essas dimensões não devem ser entendidas como “partes”, em que se divide a exposição, mas como níveis de manifestação da vida-e-obra que se articulam de maneira inseparável no processo expositivo. E o mais interessante e que nos banheiros da Sala das Exposições Temporárias uma divertida e poética seleção de frases ligeiramente pornográficas de Oswald.
Aos mais sensíveis e pudicos, o museu recomenda o uso dos banheiros instalados no segundo andar no qual me fez rir muito até levei a Loide ao banheiro masculino vazio e claro pra ler as frases.
Dimensão Poética:
A exposição tem como ponto de partida os princípios formais que ele mesmo traçou no Manifesto da Poesia Pau-Brasil: agilidade, síntese, equilíbrio geômetra, acabamento técnico, invenção e surpresa.
Dimensão Histórico - Biográfica.
Poucos escritores têm, como Oswald, uma biografia que é também um diagrama de seu tempo. O jovem burguês viajante boêmio acompanhando in loco os movimentos da vanguarda europeia nos anos 10; o artífice do movimento modernista e agitador antropofágico, poeta e autor de narrativas experimentais na década de 20; o dilapidador de fortuna arruinado pela crise de 29, militante comunista editando O Homem do Povo, “casaca de ferro da Revolução Proletária”, escrevendo romance cíclico e teatro cáustico na década de 30 e muito mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário